O Programa Vale-Feira tem se consolidado como uma política pública eficaz para fortalecer a agricultura familiar, valorizar os servidores públicos municipais e impulsionar a economia local. Diversos municípios brasileiros têm adotado essa iniciativa, proporcionando benefícios significativos tanto para os produtores rurais quanto para os funcionários públicos.
Cidades como Santa Cruz do Sul, Rio Pardo, Sinimbu, Agudo, Serro e várias do Espírito Santo, como Muqui, Montanha, Nova Venécia, Vila Pavão, Santa Leopoldina e Venda Nova do Imigrante, já implementaram o programa. Em Santa Cruz do Sul, por exemplo, cada servidor recebe R$ 100,00 mensais para utilizar nas feiras locais, resultando em um incremento de R$ 370 mil mensais no orçamento dos expositores das feiras rurais, o que representa mais de R$ 4 milhões ao ano. Esse aumento nas vendas variou entre 45% e 60%, segundo dados da Associação Santa-Cruzense de Feirantes (Assafe). Em Rio Pardo, o valor mensal é de R$ 52,63 por servidor, com expectativa de movimentar R$ 600 mil anualmente entre os produtores locais. Já em Agudo, o benefício de R$ 40,00 por servidor deverá movimentar cerca de R$ 200 mil por ano. Esses números evidenciam o potencial econômico que o Vale-Feira representa para a agricultura familiar e para a economia municipal como um todo.
O impacto positivo do programa vai além dos números. Ele valoriza a agricultura familiar ao aumentar a demanda por produtos locais, gera renda direta para os produtores, estimula o consumo de alimentos frescos e saudáveis por parte dos servidores públicos e fortalece a economia local ao fazer o dinheiro circular dentro do próprio município. Além disso, elimina intermediários, permitindo uma relação mais justa entre quem produz e quem consome.
Em Santa Maria, a implementação do Vale-Feira aos servidores públicos municipais poderia representar um importante passo para enfrentar o atual cenário de congelamento de gastos do Executivo. O vale se apresentaria como uma alternativa viável de valorização do funcionalismo sem comprometer diretamente os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Seria uma forma de reconhecer e apoiar os servidores, ao mesmo tempo em que se fortalece a produção local e se promove a segurança alimentar da população.
Com a cidade enfrentando desafios como estiagens severas, insegurança alimentar em comunidades vulneráveis e dificuldades econômicas, o Vale-Feira poderia funcionar como uma política pública estratégica de estímulo à economia solidária e desenvolvimento sustentável. Incentivar a agricultura familiar é, também, investir em segurança alimentar, geração de emprego no campo, sustentabilidade ambiental e redução das desigualdades sociais.
Dessa forma, Santa Maria teria muito a ganhar ao implementar o programa. O município fortaleceria sua economia local, melhoraria a alimentação da população, valorizaria seus servidores e contribuiria para o desenvolvimento rural sustentável, tudo isso com um investimento eficiente e de retorno rápido e direto para a comunidade.
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