Em Santa Maria, apenas quatro vereadores decidiram abrir mão da cota mensal de 200 litros de combustível: Alice Carvalho (PSol), Rudys Confirmadíssimo (MDB), Tubias Callil (PL) e Werner Rempel (PCdoB). A atitude foi amplamente divulgada como um gesto de economia aos cofres públicos, mas será que essa renúncia representa uma economia real para o município?
Apesar de parecer uma ação de contenção de gastos, na prática, o valor referente à cota de combustível permanece no orçamento da Câmara de Vereadores. Segundo a legislação vigente, recursos não utilizados em verbas indenizatórias, como é o caso do combustível, não são devolvidos ao município, mas sim realocados dentro do orçamento da Câmara. Isso significa que o dinheiro pode ser utilizado para outras despesas administrativas, não impactando diretamente o orçamento da cidade.
A decisão de abrir mão da cota levanta questionamentos sobre a real intenção por trás da medida. Seria um ato de marketing político, destinado a conquistar a simpatia popular em tempos de crise econômica? Ou um verdadeiro compromisso com a redução de gastos públicos?
Para que houvesse uma economia efetiva para o município, seria necessário um ajuste na lei que redistribuísse as verbas não utilizadas ao orçamento geral da cidade, permitindo sua aplicação em áreas como saúde, educação ou infraestrutura.
Para evitar interpretações equivocadas, seria necessário maior transparência sobre o destino do dinheiro economizado e, talvez, uma reformulação na legislação sobre verbas indenizatórias. Assim, o valor economizado poderia, de fato, ser convertido em benefícios diretos à população.
Embora a renúncia à cota de combustível pareça um gesto louvável, na prática, não representa uma economia para o município, mas sim uma realocação interna de recursos financeiros na Câmara de Vereadores. A ação tem valor simbólico, mas sem mudanças na legislação, os recursos continuarão a circular apenas dentro do poder legislativo para uso dos edis.
A atitude é válida enquanto exemplo de moderação no uso de recursos públicos, mas para que seja mais do que um gesto simbólico, é necessário pressionar por mudanças legislativas que possibilitem a conversão dessa economia em benefícios diretos para a população.
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