Nos últimos meses, temos acompanhado em Santa Maria um aumento preocupante de registros de agressões contra servidores que atuam em postos e unidades de saúde. Essa realidade, infelizmente, não é local nem pontual. Segundo o Conselho Federal de Enfermagem, cerca de 70% dos profissionais de enfermagem no Brasil já sofreram algum tipo de violência no exercício da profissão.
Esses trabalhadores, que estão diariamente na linha de frente, enfrentam superlotação, falta de recursos e pressão constante. Ainda assim, dedicam suas vidas a cuidar da nossa população. É inadmissível que, além de todas essas dificuldades, também precisem lidar com agressões físicas, verbais e psicológicas. A violência não resolve os problemas do sistema: apenas gera insegurança, compromete o atendimento e afasta profissionais da rede pública.
É diante desse cenário que apresentei dois projetos complementares em defesa dos nossos servidores da saúde. O primeiro cria o Programa Municipal de Proteção e Conscientização contra a Violência aos Profissionais da Saúde, com medidas de prevenção, campanhas educativas, canais de denúncia acessíveis, suporte às vítimas e reforço da segurança nas unidades.
O segundo institui o 3S – Sistema Saúde Segura, uma ferramenta prática de registro e monitoramento das ocorrências, que dará transparência aos dados, permitirá diagnósticos mais precisos e ajudará a coibir novos casos por meio de relatórios periódicos e contadores visíveis nas unidades de saúde.
Minha atuação segue um princípio básico: quem cuida da saúde da população precisa ser cuidado também. Proteger esses profissionais é garantir a continuidade de um atendimento digno, humano e eficiente para todos os santa-marienses.
Essa é uma luta que precisa ser coletiva. A saúde pública só pode avançar quando é construída sobre respeito, segurança e valorização. E esse compromisso, tenham certeza, seguirá norteando meu trabalho.
