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Florestas plantadas: renda, clima e futuro sustentável nos campos gaúchos

Foto: engenheiro florestal Gilmar Deponti

Na região Central do Rio Grande do Sul, agricultores familiares estão transformando as florestas plantadas em uma estratégia inovadora para unir sustentabilidade, renda e mitigação climática. Entre 3 e 30 anos de idade, essas formações vegetais sequestram toneladas de dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera, ao mesmo tempo em que diversificam as fontes de receita das propriedades rurais.

Em municípios como Agudo, Dilermando de Aguiar, São Francisco de Assis e Nova Esperança do Sul, produtores vêm, há pelo menos três décadas, recebendo orientação da Emater/RS-Ascar para o manejo sustentável de árvores integradas às atividades agropecuárias. Hoje, além da carne e das pastagens, a madeira tornou-se mais uma alternativa de comercialização, fortalecendo o equilíbrio econômico das famílias rurais e sendo uma relevante alternativa na diversificação da matriz produtiva.

A ciência também acompanha de perto essa transformação. Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em parceria com o Governo do Estado por meio da Fapergs, estudam o potencial das árvores — raízes, troncos e folhas — no armazenamento de carbono. O sistema silvipastoril, que integra árvores, pastagens e animais, tem se consolidado como um modelo de produção sustentável para a agropecuária gaúcha.

Nos dias 2 e 3 de outubro, o município de Agudo será palco de um encontro entre agricultores, técnicos e pesquisadores voltado à capacitação em sistemas silvipastoris. A atividade integra o Projeto ABC+, lançado em 2023 em uma importante parceria entre Emater/RS-Ascar e a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), que incentiva práticas agropecuárias de baixa emissão de carbono e de conservação dos recursos naturais.

Mais do que uma estratégia de adaptação climática, o plantio de árvores tem sido percebido pelos agricultores como uma “poupança em pé”: um investimento capaz de gerar retorno econômico no presente e, ao mesmo tempo, assegurar benefícios ambientais para as futuras gerações.

Reinaldo Guidolin

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