O Programa Estadual de Sementes e Mudas Forrageiras ganhou reforço financeiro e novas variedades para apoiar agricultores familiares do Rio Grande do Sul. Lançada em novembro de 2024, a nova edição do programa triplicou os recursos disponíveis, passando de R$ 7 milhões para R$ 21 milhões, e já beneficiou cerca de 18 mil produtores em todo o estado.
A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), busca ampliar a produção de forragem de qualidade para a pecuária de leite e de corte, com sementes e mudas recomendadas pela Embrapa.
Principais novidades
Entre os avanços do programa, destacam-se:
- inclusão de cereais de outono-inverno, como trigo de duplo propósito, triticale e cevada, além de espécies perenes e leguminosas;
- aumento dos limites de financiamento, que chegam a R$ 2 mil por CPF e R$ 300 mil por entidade;
- ampliação do bônus de adimplência de 30% para 50%;
- assistência técnica diferenciada pela Emater/RS-Ascar, com suporte da Embrapa para manejo de alto rendimento;
- criação de Unidades de Referência Tecnológica e realização de Dias de Campo para difusão das práticas.
Impacto no campo
Em Júlio de Castilhos, na região central do Estado, os resultados já são visíveis. Produtores locais que implantaram tifton, cevada, triticale e trigo BRS Tarumaxi relatam aumento na produção de leite e ganhos também na pecuária de corte. Atualmente, o município soma 250 hectares cultivados com trigo BRS Tarumaxi e 120 hectares com triticale, beneficiando 168 agricultores.
Pesquisa acessível
As tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Trigo — que há mais de 50 anos investe em genética e melhoramento de cereais de inverno como trigo, triticale, cevada e aveia — estão disponíveis aos produtores que participam do programa.
Perspectivas
Para sindicatos, associações e cooperativas parceiras, o Programa Estadual de Sementes e Mudas Forrageiras representa uma oportunidade estratégica de garantir alimento de qualidade para o rebanho. Entre os agricultores, a expectativa é de que a política pública seja mantida como incentivo às famílias produtoras de leite e carne no Rio Grande do Sul.
Mais que um programa, trata-se de um caminho de oportunidades para a agricultura familiar
Ao adotar materiais geneticamente aprimorados e práticas de manejo modernas, os produtores conseguem elevar a produtividade de pastagens sem expandir áreas, alcançando maior produção de leite e carne com eficiência e sustentabilidade. Essa estratégia fortalece a renda das famílias, assegura alimento de qualidade para o rebanho e consolida perspectivas de um futuro promissor no campo. Para conhecer melhor as possibilidades e participar desta transformação, procure o escritório da Emater/RS-Ascar em seu município e faça parte da construção de um Rio Grande do Sul mais produtivo e sustentável.
Guilherme G. dos Santos Passamani
Engenheiro agrônomo, doutor em Agronomia
Gerente da Emater/RS-Ascar da região de Santa Maria
e-mail: ggsantos@emater.tche.br