Como vereador, tenho a saúde como pilar central do meu mandato. Acredito que o nosso bem-estar integral — físico e mental — é a base para uma cidade mais forte e feliz. Por isso, neste mês, quero trazer uma pauta de extrema importância que ganha destaque: a campanha Setembro Amarelo. Mais do que uma simples data no calendário, este é um período de reflexão, conscientização e, acima de tudo, de ação para a prevenção do suicídio. O suicídio é um problema de saúde pública global e, no Brasil, os números são alarmantes. Precisamos encarar essa realidade de frente, desmistificando tabus e quebrando o silêncio. A cada ano, milhões de vidas são perdidas no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Pesquisas apontam que 700 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano no mundo. Isso representa uma pessoa a cada 40 segundos. No Brasil, os dados são igualmente preocupantes: uma pessoa comete suicídio a cada 45 minutos. Cada uma dessas mortes representa uma história, um futuro e uma família que sofrem. Essa dor, muitas vezes silenciosa, está mais perto do que imaginamos. Pode ser um vizinho, um amigo, um familiar ou até mesmo alguém que encontramos todos os dias na rua. O amarelo é a cor da esperança, da luz e do sol. Ele foi escolhido para a campanha em memória de Mike Emme, um jovem que tirou a própria vida nos Estados Unidos. O carro dele, um Mustang de 1968, foi restaurado por um grupo de amigos e pintado de amarelo para que, ao final do projeto, fosse feita uma homenagem a ele. No funeral do garoto, os amigos criaram cartões com fitas amarelas e a seguinte mensagem: “Se precisar, peça ajuda”. A iniciativa cresceu e se espalhou pelo mundo, tornando-se um símbolo de solidariedade e de apoio para aqueles que precisam de ajuda. A prevenção do suicídio não deve ser vista como responsabilidade apenas de profissionais de saúde, mas sim de toda a sociedade. Pequenos gestos, como ouvir sem julgar, oferecer um ombro amigo ou simplesmente perguntar como a pessoa está de verdade, podem fazer uma enorme diferença. A conversa é a ferramenta mais poderosa que temos. Segundo a OMS, 90% dos casos de suicídio poderiam ser prevenidos. Esse dado reforça a nossa capacidade coletiva de atuar. Se alguém demonstra sinais de sofrimento ou compartilha pensamentos suicidas, não hesite em oferecer apoio e, se possível, ajudá-lo a buscar assistência profissional. Como representante público, meu compromisso com a saúde vai além de hospitais e medicamentos. É crucial que as pessoas saibam onde encontrar ajuda, e por isso, trabalhamos para fortalecer a rede de apoio em nossa cidade. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV), por meio do número 188, oferece apoio emocional e prevenção do suicídio de forma gratuita e sigilosa, 24 horas por dia. Além disso, a internet também oferece um canal de comunicação via chat. Ademais, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e as Unidades Básicas de Saúde (UBS) são pontos de referência essenciais para quem precisa de cuidado psicológico e psiquiátrico. Precisamos trabalhar juntos para construir um ambiente de cuidado e acolhimento, onde a saúde mental seja tratada com a mesma seriedade que a saúde física. Que o Setembro Amarelo seja um lembrete de que a vida vale a pena e que o apoio mútuo é fundamental. A vida é o bem mais precioso que temos. Se você está passando por dificuldades, lembre-se: você não está sozinho(a). Se precisar, procure ajuda. Sempre haverá alguém para estender a mão.
RS inicia semana com alerta para temporais e formação de novo ciclone
O Rio Grande do Sul volta a enfrentar dias de instabilidade já a partir desta segunda-feira (8). A formação de uma nova área de baixa pressão deve gerar um ciclone extratropical sobre a costa, trazendo chuva forte e rajadas de vento em várias regiões do Estado. A Campanha, a Fronteira Oeste e o Sul devem ser os primeiros locais a sentir os efeitos, com a instabilidade se espalhando ao longo do dia. Segundo meteorologistas, os acumulados de precipitação podem variar entre 40 e 70 milímetros, volumes considerados significativos. Além da chuva, o vento será um dos principais fatores de impacto neste início de semana. A previsão aponta que, com o afastamento do ciclone, uma massa de ar mais fria e seca avançará sobre o território gaúcho, proporcionando melhora gradual no tempo a partir de terça-feira (9), especialmente no Oeste e na Campanha. Na quarta-feira (10), o cenário deve ser de estabilidade em todo o Estado, com destaque para a amplitude térmica — diferença entre mínimas e máximas — que deve ser sentida em cidades como Caxias do Sul, Santa Maria e Bagé. Porém, os modelos meteorológicos já indicam a possibilidade de uma nova frente fria na quinta-feira (11), embora de menor intensidade. A expectativa é de pancadas de chuva localizadas, sobretudo na Metade Norte. A tendência é de que a semana termine com tempo firme. A sexta-feira (12) deve ser marcada por céu aberto e temperaturas amenas, garantindo um alívio depois de dias de instabilidade. Mesmo assim, os meteorologistas reforçam que a população deve seguir atenta às atualizações diárias, já que os sistemas frontais podem acelerar ou retardar seus deslocamentos, alterando a previsão regional.
Desfiles de 7 de Setembro mobilizam cidades do Interior gaúcho
Foto: Milena Mezalira / Prefeitura de Erechim As comemorações pelos 203 anos da Independência do Brasil reuniram milhares de pessoas em diferentes municípios do Rio Grande do Sul neste domingo (7). O sol favoreceu a presença de famílias que prestigiaram os desfiles cívicos, realizados com a participação de escolas, entidades, forças de segurança e movimentos culturais. Em Erechim, cerca de 70 entidades desfilaram pela avenida Maurício Cardoso. O destaque ficou para a Escola Dom Pedro II, homenageada neste ano em referência ao bicentenário de nascimento do imperador, tema nacional de 2025. A patrona da Semana da Pátria foi Neusa Cidade Garcez, reconhecida por sua dedicação à comunidade. Caxias do Sul reuniu cerca de 15 mil pessoas na rua Sinimbu. O ponto alto foi a participação de 50 cães do Canil Municipal, iniciativa que buscou incentivar a adoção responsável. Em Santa Maria, o desfile na avenida Medianeira levou 12,6 mil espectadores para acompanhar apresentações de militares e civis. Já em Pelotas, a avenida Bento Gonçalves recebeu o desfile cívico-militar e a Parada da Juventude, com a participação de seis bandas escolares. Na Campanha, Bagé levou mais de 15 mil pessoas à avenida Sete de Setembro, onde desfilaram militares, estudantes e entidades civis. Em Pinhal, o desfile ocorreu no sábado (6), marcado pela chegada da chama crioula e pela abertura oficial da Semana Farroupilha, que seguirá até o dia 14. O prefeito Luiz Carlos Pinto Ribeiro destacou o papel das famílias na preservação dos valores e tradições.
Antônio Prado ergue monumento pelos 150 anos da imigração italiana
Foto: Divulgação / Prefeitura de Antônio Prado Antônio Prado, na Serra Gaúcha, prepara-se para inaugurar um novo cartão-postal em novembro: o monumento em homenagem aos 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul. A obra começou a ser construída no pórtico de entrada da cidade, com descerramento de placa e pedra fundamental. A escultura, assinada pelo artista Vinicius Ribeiro, será feita em concreto armado e terá 2,20 metros de altura, representando um casal de imigrantes como símbolo da família. A peça busca retratar tanto a partida da Itália quanto a chegada ao Brasil, celebrando o legado cultural, social e econômico deixado pelos colonizadores. O monumento será inaugurado durante o Festival Nacional da Massa (FenaMassa). Paralelamente, a prefeitura promove a remodelação completa da entrada da cidade, com praça, estacionamento para veículos e ônibus de turismo, além de paisagismo e melhorias urbanas. Segundo o prefeito Roberto Dalle Molle, o espaço será um elo entre passado, presente e futuro, preservando a memória coletiva e reafirmando o título de Antônio Prado como a cidade mais italiana do Brasil. A iniciativa é do Círculo Cultural Ítalo-Brasileiro (Cibrap), da Adesp e da Prefeitura.
Transformando passos lentos em grandes conquistas
Aprender é uma jornada única, repleta de descobertas e desafios. Não existe fórmula pronta nem ritmo universal, cada criança, adolescente e adulto constrói seu próprio caminho para absorver, processar e aplicar o conhecimento. Quando as dificuldades surgem, essa trajetória pode se encher de obstáculos e frustrações. É justamente nesse momento que a Mathesis, clínica de psicopedagogia, entra em cena para transformar barreiras em oportunidades de crescimento e aprendizado contínuo. Com mais de 20 anos de história na cidade, a clínica, antes conhecida como Recre/iando, decidiu se reinventar. Mudou seu nome, sua marca e ampliou seu campo de atuação, mantendo seu compromisso central, o de auxiliar pessoas a aprender de forma mais eficiente, saudável e prazerosa. “Após 24 anos, sentimos a necessidade de refletir melhor o que nos tornamos. Hoje atendemos não apenas crianças e adolescentes, mas também adultos e idosos, sempre com foco em promover um aprendizado significativo”, explica Janice Vidal Bertoldo, pedagoga, mestre em Educação e proprietária da clínica. Hoje, a Mathesis, cujo nome de origem grega significa “aprendizado, conhecimento ou ciência”, vai além do ensino. A equipe conta com Andrieli Pereira Gonçalves, Educadora Especial e Psicopedagoga, e Michele Quinhones Pereira, Educadora Especial e Neuropsicopedagoga, que somam suas experiências para fortalecer a proposta da instituição. Psicopedagogia: mais do que ensinar, compreender A mudança de nome e posicionamento da clínica acompanha o crescimento da psicopedagogia como apoio essencial ao aprendizado. Nos últimos anos, a procura aumentou à medida que famílias e escolas compreenderam que aprender vai além do conteúdo escolar, envolvendo fatores emocionais, sociais e cognitivos. Hoje, a psicopedagogia atua não apenas na solução de dificuldades, mas também na prevenção, no desenvolvimento de habilidades e na organização dos estudos. “Houve uma conscientização sobre a complexidade da aprendizagem, e muitos pais buscam esse apoio de forma proativa”, afirma Janice. Na Mathesis, cada paciente é avaliado de forma individual, considerando seu contexto emocional, familiar e social, o que garante um plano de intervenção personalizado e eficaz. O trabalho é colaborativo, envolvendo famílias, professores e, quando necessário, outros profissionais da saúde. Essa parceria reforça as estratégias no dia a dia e contribui para a autoestima e o desenvolvimento integral do paciente. Além disso, a clínica aposta em intervenções preventivas, identificando sinais precoces e ajudando cada aluno a desenvolver todo o seu potencial, respeitando seu ritmo e suas singularidades. A importância da psicopedagogia na infância e no pré-vestibular Seja na construção de bases sólidas durante a infância ou na preparação estratégica para vestibulares e ENEM, a psicopedagogia desempenha um papel essencial. Ela não apenas identifica e resolve dificuldades, mas também fortalece habilidades cognitivas, emocionais e sociais, promovendo autonomia, autoconfiança e motivação. Para crianças em fase de alfabetização ou nos primeiros anos do ensino fundamental, isso pode significar reforço lúdico em leitura e escrita, exercícios de atenção e memória, jogos educativos para trabalhar o raciocínio lógico e estratégias para melhorar a autonomia nas tarefas escolares. Para adolescentes que se preparam para a fase de processos seletivos, o foco é outro: aprender a gerir o tempo, lidar com a ansiedade, organizar o cronograma de estudos e aplicar técnicas de aprendizagem ativa. Muitas vezes, a dificuldade não está na compreensão do conteúdo, mas na forma como o estudante lida com a pressão, com a dispersão e com a falta de estratégia. “A preparação para vestibulares e o ENEM é um período de grande pressão para os estudantes do Ensino Médio. Nesse contexto, a organização da rotina de estudos e o acompanhamento psicopedagógico se tornam ferramentas para melhorar o desempenho e garantir a saúde mental”, afirma a proprietária. Histórias que inspiram Cada trajetória de aprendizado conta uma história de superação. Na clínica, crianças que no começo resistiam à leitura, hoje se encantam pelos livros. Adolescentes que duvidavam de suas capacidades conquistaram, com acompanhamento, a vaga dos sonhos no vestibular; e estudantes que por anos se frustraram com a matemática descobriram prazer e confiança nos números. “Comecei meu acompanhamento com a Janice em outubro de 2022, no 9º ano, em meio a dificuldades escolares. Seu apoio foi essencial para minha superação naquela fase e continua sendo importante agora, no encerramento da minha trajetória acadêmica”, comenta Bibiana Bibiana Camargo, uma das pacientes de Janice. No fim, aprender vai muito além das notas: é sobre reconhecer, despertar e desenvolver o potencial de cada estudante, celebrando cada pequena vitória ao longo do caminho. Contato:Rua do Acampamento, 239 – Ed. das Clínicas, sala 62 – Santa Maria/RS(55) 98462-4037Instagram: @janice.psicopedagoga
Sou Patriota e Sou Farroupilha
Por Guilherme Badke No último 7 de setembro vivi uma das maiores honrarias da minha recente vida pública, que foi estar pela primeira vez no palanque oficial e no desfile da pátria na Avenida Medianeira, aqui em Santa Maria. Foi um momento vai ficar marcado no meu coração, porque durante 24 anos o meu pai esteve ali, representando sua trajetória de serviço e amor pela nossa terra. Estar naquele mesmo espaço, nos 203 da Independência do Brasil me fez refletir sobre o verdadeiro significado de ser patriota. No dicionário, “patriota” é aquele que ama a pátria e se sacrifica por ela. E aqui não quero me enveredar em questões político-partidárias. Eu quero é ajudar o Brasil! Porque ser patriota não é apenas carregar bandeiras ou entoar hinos. Acredito que todos nós passamos — os políticos passam, os mandatos passam, até mesmo eu passarei. Mas o Brasil segue. O Brasil fica. E enquanto eu estiver aqui, podem ter certeza que vou seguir batalhando por cada um que me chamar, pois todos já entendemos que é só chamar que o Manequinho vai, certo? Atenção, brasileiros! É só chamar que o Manequinho vai!!! Porque, sou patriota e sou farroupilha!
Papa canoniza Carlo Acutis, o 1º santo millennial
O papa Leão XIV canonizou neste domingo (7), no Vaticano, Carlo Acutis, jovem italiano conhecido como “padroeiro da internet”. Ele é o primeiro santo da geração millennial e morreu aos 15 anos, em 2006, vítima de leucemia. A cerimônia reuniu cerca de 80 mil fiéis na Praça de São Pedro e foi a primeira canonização conduzida pelo atual pontífice. No mesmo evento, também foi reconhecida a santidade de Pier Giorgio Frassati, jovem italiano que ajudava os pobres e faleceu em 1925. Acutis se destacou por usar a tecnologia para evangelizar, criando sites sobre fé católica. Seu processo de beatificação começou após a Igreja reconhecer um milagre ocorrido no Brasil, em 2010, quando uma criança de Campo Grande (MS) teria sido curada ao tocar uma relíquia sua. Nascido em Londres e criado em Milão, Carlo era devoto de Maria, frequentava missas diárias e cultivava uma vida religiosa intensa desde a infância. Sua trajetória segue inspirando milhares de jovens ao redor do mundo. Imagem: internet
Fraudes Bancárias e o Golpe do PIX: Responsabilidade dos Bancos e Caminhos de Proteção Jurídica
O avanço da tecnologia bancária trouxe comodidade e rapidez, mas também escancarou fragilidades exploradas por criminosos. Um dos grupos mais afetados tem sido o das pessoas idosas, muitas vezes alvo preferencial de fraudadores por sua menor familiaridade com os meios digitais e pela confiança depositada em ligações telefônicas, mensagens e abordagens de falsos representantes de bancos. O chamado “golpe do PIX” tornou-se recorrente: criminosos, valendo-se de engenharia social e manipulação psicológica, convencem a vítima a transferir valores imediatamente, quase sempre com prejuízos irreparáveis. Não se trata apenas de um problema individual, mas de um fenômeno social e jurídico que demanda análise sob a ótica da responsabilidade dos bancos e da necessária proteção do consumidor. O sistema jurídico brasileiro adota a responsabilidade objetiva das instituições financeiras em relação a fraudes praticadas contra seus clientes (Súmula 479 do STJ). Isso significa que os bancos respondem pelos danos causados em decorrência de falhas de segurança, independentemente de culpa. Cabe destacar que, em tais situações, os bancos têm o dever de identificar e intervir quando as transações realizadas fogem do padrão normalmente utilizado pelos usuários. É exatamente essa análise de perfil e monitoramento que confere confiabilidade ao sistema, sendo inadmissível que operações atípicas, muitas vezes de valores elevados ou destinadas a contas suspeitas, sejam autorizadas sem qualquer barreira adicional. Embora a tecnologia seja avançada, muitas medidas preventivas deixam de ser implementadas: monitoramento eficiente de transações atípicas; mecanismos de dupla verificação para autorizações de alto risco; treinamento contínuo e humanizado de atendentes para identificar situações de fraude em andamento; e bloqueio imediato de operações suspeitas, com canais ágeis de contestação. Na prática, observa-se que os bancos transferem o risco ao consumidor, alegando que a transação foi “validada com senha e biometria”. Entretanto, o Código de Defesa do Consumidor (art. 14) é claro ao estabelecer que cabe ao fornecedor zelar pela segurança da atividade, e não ao cliente provar que não foi imprudente. Diante de uma fraude ou golpe do PIX, o tempo é crucial. A vítima deve registrar boletim de ocorrência imediatamente, comunicar o banco pelos canais oficiais, solicitar o bloqueio e rastreamento da transação, além de acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED) criado pelo Banco Central para permitir a reversão de valores em casos de fraude, quando a comunicação ocorre em até 72 horas. Também é essencial guardar provas, como mensagens, prints, gravações de ligações e comprovantes da transferência. Esses passos não apenas aumentam as chances de recuperação do valor, mas também fortalecem a prova em eventual ação judicial. Se o banco se omitir, negar o ressarcimento ou se recusar a aplicar o MED, é o momento de buscar assessoria jurídica especializada. O advogado poderá notificar o banco extrajudicialmente, ingressar com ação judicial pleiteando a restituição integral do valor desviado e postular indenização por danos morais, sobretudo quando a fraude causa abalo psicológico, sentimento de impotência ou prejuízo à subsistência da vítima, cenário comum entre idosos que perdem aposentadorias ou economias. A jurisprudência é firme em reconhecer que o dano moral, nessas hipóteses, não decorre apenas da perda financeira, mas também do sofrimento imposto pela falha de segurança do sistema bancário. As fraudes bancárias, em especial o golpe do PIX, revelam um descompasso entre a sofisticação tecnológica dos bancos e a vulnerabilidade dos consumidores. O problema não se resolve apenas com campanhas de conscientização, mas exige investimentos efetivos em segurança e mecanismos de prevenção ativa, sob pena de as instituições financeiras continuarem transferindo ao cliente um risco que é inerente à sua atividade. Ao consumidor, resta estar atento, agir com rapidez e buscar respaldo jurídico sempre que a negligência do banco se evidenciar. Afinal, o direito à proteção e à reparação integral é um dos pilares do sistema consumerista e da própria confiança que sustenta as relações financeiras. Por Eizzi Benites Melgarejo – OAB/RS 86.686 Sócia do escritório Urach, Jensen, Abaide, Melgarejo & Brum
Morango do Amor: a nova febre que adoça o Brasil passa pela Agricultura Familiar
Uma nova febre tem conquistado o paladar dos brasileiros e movimentado as redes sociais: o “morango do amor”. A sobremesa — que lembra a tradicional maçã do amor das festas juninas — consiste em um morango fresco envolvido por brigadeiro branco e uma camada crocante de caramelo vermelho. O doce viralizou nas plataformas digitais, com vídeos de sua produção e consumo alcançando milhões de visualizações. Em algumas cidades, estabelecimentos chegam a registrar longas filas de clientes em busca da iguaria. Além do sucesso nas redes, o morango também se destaca na economia. O Brasil é o maior produtor da fruta na América do Sul e, em 2023, ocupou a 9ª posição no ranking mundial, com uma produção de 197 mil toneladas, segundo dados da FAOSTAT. As principais regiões produtoras estão localizadas em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo. Em que pese o bom desempenho em volume, o país ocupa apenas a 14ª colocação em área plantada, com 5.084 hectares dedicados ao cultivo, o que indica uma produtividade média de 38,7 toneladas por hectare. Essa eficiência contribui para que estados produtores pratiquem preços mais competitivos em relação ao restante do mercado. Dados da Emater/RS-Ascar indicam que os três maiores produtores gaúchos de morango são Caxias do Sul, Feliz e Pelotas. Na região Central do Estado se destaca o município de Agudo. Aproximadamente 80 famílias produzem morango neste município. Produção desafiante e mão de obra intensiva Nos últimos anos, o setor enfrentou desafios importantes, principalmente relacionados ao fornecimento de mudas. Muitos produtores relataram atrasos na entrega, além de problemas fitossanitários e baixo desempenho de variedades importadas. O cultivo do morango também exige alta demanda de mão de obra, dificultando a mecanização e limitando a produção em larga escala. Essa característica torna o cultivo importante do ponto de vista social, uma vez que gera empregos para os agricultores familiares nas etapas de plantio, manejo, colheita e pós-colheita. Rentabilidade e fatores que influenciam o lucro Mesmo considerando os desafios, o morango é uma cultura de alta rentabilidade. A lucratividade, no entanto, depende de uma série de variáveis, como o tipo de cultivo (convencional ou hidropônico), a região produtora, a produtividade, os custos de produção e o preço de venda. Sistemas mais tecnificados, como os cultivos hidropônicos ou em estufas, costumam gerar maior produtividade e, portanto, maior retorno financeiro. Em condições ideais, é possível alcançar produtividades de até 57,5 toneladas por hectare. O custo de produção inclui despesas com mudas, insumos (fertilizantes, defensivos), mão de obra, irrigação, embalagens e transporte. Já o preço de venda oscila ao longo do ano, influenciado pela oferta, demanda e forma de comercialização (in natura ou para a indústria). Estudos apontam que a receita bruta por hectare pode variar entre R$ 45 mil e R$ 100 mil por ano, dependendo do sistema de produção e do mercado. Em cultivos hidropônicos, esse número pode ser ainda maior. No entanto, para chegar ao lucro real, é necessário descontar todos os custos operacionais. Foto: Paulo Lanzetta Guilherme G. dos Santos PassamaniEngenheiro agrônomo, doutor em AgronomiaGerente da Emater/RS-Ascar da região de Santa Mariae-mail: ggsantos@emater.tche.br
Setembro Amarelo: saúde mental como prioridade
A saúde mental é um tema que, por muito tempo, foi deixado em segundo plano. Hoje sabemos que cuidar da mente é tão essencial quanto cuidar do corpo. E falar sobre isso é um ato de coragem, de empatia e de responsabilidade coletiva. O Setembro Amarelo é um convite para refletirmos sobre o valor da vida, sobre a importância de estender a mão e ouvir quem precisa, além de combatermos o preconceito que ainda cerca as questões emocionais. Depressão, ansiedade e outros transtornos não são fraquezas, são realidades que merecem acolhimento, informação e políticas públicas de apoio. Não se trata apenas de campanhas, mas de atitudes no cotidiano, de olharmos com mais empatia para quem está ao nosso lado. Como vereador, sigo empenhado em apoiar iniciativas que ampliem o cuidado com a saúde mental em nossa cidade. Mas acredito que essa luta é de todos nós: cada gesto de compreensão pode salvar vidas. E cada um de nós pode fazer a diferença no dia a dia, ouvindo com atenção, acolhendo com respeito e incentivando a busca por ajuda profissional. Que este Setembro Amarelo nos lembre que a vida tem valor inestimável e que cuidar da saúde mental é investir em uma sociedade mais humana, solidária e saudável. Se você precisa conversar, pode entrar em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo telefone nacional 188, 24 horas por dia, com ligação gratuita e sigilosa, através do Chat ou e-mail, no site oficial do CVV. Ou se preferir o atendimento presencial, o telefone local é o 3227-1141, localizado na Estação Rodoviária, das 7h às 23h. Já para se tornar voluntário, o CVV oferece cursos de capacitação, online ou presenciais, com carga horária e encontros definidos. Enfim, que nunca nos falte coragem para pedir ajuda e sensibilidade para estender a mão. Porque cuidar da mente é também cuidar do coração. Um Fort abraço e até a próxima semana!