Por Valdir Oliveira No próximo domingo, 7 de setembro, o Brasil celebra mais um Dia da Independência. É uma data que nos convida a refletir sobre o verdadeiro significado de amor à pátria. O patriotismo não pode ser reduzido a gestos vazios ou ao uso de símbolos apenas para fins políticos. Amar o Brasil é defender sua soberania, sua democracia e, sobretudo, os direitos do nosso povo. Nos últimos anos, vimos surgir uma legião de falsos patriotas, que sequestraram nossa bandeira e a utilizaram como instrumento de legitimação de pautas retrógradas e antidemocráticas. Dizem defender o Brasil, mas, na prática, se curvam aos interesses do presidente americano Donald Trump e viram as costas para o povo brasileiro. Eles podem ser muitas coisas, mas não merecem ser reconhecidos como patriotas. Patriota é quem, como o nosso presidente Lula, enfrenta de cabeça erguida os desafios que Trump nos impôs, ao criar barreiras e sobretaxas que prejudicaram nossa economia. Patriota é quem reposiciona o Brasil no cenário internacional, negociando com firmeza, sem submissão nem arrogância. Patriota é quem protege os empregos, a indústria e a agricultura brasileira, ao mesmo tempo em que projeta o nosso país como protagonista de soluções globais sustentáveis. O patriotismo verdadeiro não está em enrolar-se na bandeira apenas em manifestações ocasionais, mas em trabalhar todos os dias para que o Brasil seja mais justo, forte e principalmente respeitado. Ser patriota é amar o nosso povo brasileiro em sua diversidade, defender a democracia e lutar para que nossa nação caminhe com dignidade diante do mundo. Neste dia 7 de setembro, não devemos nos deixar enganar pelos falsos discursos. O verdadeiro patriotismo está em construir um Brasil que respeite seu povo e se faça respeitar no mundo. Licitação do transporte coletivo em Santa Maria: um adiamento que já era anunciado Por Valdir Oliveira Na última terça-feira (26), a Prefeitura de Santa Maria divulgou nota informando a suspensão cautelar do edital de licitação do transporte coletivo. O processo, que deveria ocorrer no próximo dia 2 de setembro, foi novamente adiado. Segundo o Executivo municipal, a decisão se deve a “observações técnico-jurídicas que podem comprometer a segurança jurídica do processo licitatório e a sustentabilidade econômico-financeira do futuro contrato”. Esse desfecho, no entanto, não me surpreende. Desde que a Justiça determinou a realização da licitação, acompanhamos uma sucessão de adiamentos e indefinições. Já era esperado que a data fosse alterada mais uma vez. O transporte coletivo, que impacta diretamente a vida de milhares de santa-marienses, continua sendo tratado sem a prioridade e o planejamento que merece. Na sessão plenária da última quinta-feira, abordei o tema e destaquei mais esse adiamento. Apontei que o governo Decimo enrola a população com promessas e datas que não se concretizam. Quem paga a conta dessa indefinição é o trabalhador e a trabalhadora, que convivem com poucos horários de ônibus, linhas defasadas e ainda pagam uma das maiores passagens do Brasil. As fragilidades do edital, inclusive, foram apontadas pelo próprio Sindicato das Empresas de Ônibus de Santa Maria.O vice-presidente da entidade, Edmilson Gabardo, justificou o pedido de impugnação afirmando que o projeto não pode ser colocado em prática, pois apresenta divergências em dados de quilometragem, número de passageiros e tarifa, o que inviabiliza o cálculo real dos custos. Gabardo também criticou a forma como o edital foi elaborado, por duas empresas distintas — uma operacional e outra financeira, esta última contratada sem licitação. O resultado foi um documento confuso, contraditório e que sequer considera pontos básicos, como o Plano Diretor de Mobilidade Urbana. É inaceitável que um contrato que pode durar até 40 anos seja conduzido de maneira tão falha pelo governo Decimo. Outro ponto questionado foi a exigência de um depósito de R$ 5 milhões para participação no processo, medida que pode afastar concorrentes e até esvaziar a licitação. O sindicato reforçou que não é contra o certame, mas defende que ele seja viável, planejado e transparente, de modo a garantir qualidade no transporte público da cidade. O adiamento da licitação, portanto, não é novidade. É apenas mais um capítulo de uma novela que se arrasta há anos. O problema é que, enquanto o governo insiste em empurrar com a barriga, a população sofre diariamente com um transporte caro, precário e insuficiente. Acredito que a Prefeitura assuma sua responsabilidade política e administrativa para conduzir um processo sério, definitivo e transparente. Não podemos mais aceitar que a licitação do transporte coletivo continue sendo marcada por falhas, contradições e sucessivos adiamentos.
Zoológico São Braz: 30 anos de cuidado, educação e preservação
Localizado na Estrada do Passo da Ferreira, em Santa Maria, o São Braz é mais que um local para quem deseja conhecer de perto animais antes tão distantes. É um espaço de resgate, cuidado, preservação e educação ambiental. Logo na chegada, os visitantes são recebidos pelos elegantes pavões, que circulam livremente pelo ambiente, dando as boas-vindas a uma experiência única de conexão com a natureza. Depois, o passeio segue com a beleza das aves, a agitação dos macacos e a grandeza do urso. Entre sons, cores e descobertas, o brilho nos olhos de crianças e adultos que buscam o turismo em meio à natureza compõem o cenário cotidiano do Zoológico, que, em 2025, celebra 30 anos de história, cuidado e compromisso com a vida animal. A história começou de forma simples, a partir do amor pelos animais e da vontade de compartilhar esse sentimento com outras pessoas. Com o passar dos anos, o espaço foi crescendo e se consolidando como uma referência em preservação e educação ambiental no estado. . A trajetória começou em 1985, quando o fundador Santos Braz, apaixonado por aves, , conseguiu licença para se tornar um criador conservacionista. Na época, o espaço funcionava na Rua Venâncio Aires. Com o tempo, foi necessário expandir. Ao chegarem no espaço maior, onde hoje o Zoológico se encontra, haviam 14 recintos disponíveis para criação de animais. Hoje já ultrapassa os 80, refletindo o crescimento e a dedicação contínua ao cuidado com a fauna. Atualmente, o zoológico abriga cerca de 500 animais, de aproximadamente 100 espécies diferentes, entre aves, répteis e mamíferos. Muitos deles chegaram ao local resgatados por órgãos ambientais após situações de tráfico, abandono ou maus-tratos. O criador afirma que o maior objetivo é que os animais possam voltar a viver em liberdade, mas que o espaço ajuda a mostrar a realidade dos maus-tratos. “A vida em cativeiro é uma vida que o animal se torna refém da mão do homem, que serve apenas para que as pessoas se conscientizem de que o animal na natureza tem vida, que ele deveria estar ali e nunca ter saído”. Porém, o processo de reabilitação para que um bicho possa voltar ao seu habitat natural não é fácil e envolve várias etapas. O zoológico possui um local específico para a internação dos animais, com espaço para quarentena, onde trabalham médicos veterinários. Também há uma atenção especial para a nutrição de cada espécie, que em situações de maus-tratos é deixada de lado. Segundo Braz, o urso, uma das maiores atrações do local, chegava a comer alimentos como creme de leite e chantilly antes do resgate. Todo este cuidado exige tempo, dinheiro e estudos. Conforme o criador, cada animal tem o seu jeito e a sua história, e é preciso entender isso para saber os próximos passos de um resgate. Além disso, cada espécie precisa de cuidados específicos em relação ao recinto e à alimentação. Por isso, o São Braz conta com a campanha “Adote um amigo”, em que pessoas e empresas podem auxiliar financeiramente no cuidado de algum bichinho. Com três décadas de projeto, o sentimento é de gratidão e dever cumprido, e o objetivo é seguir fazendo a diferença na conservação da fauna. Braz afirma que os planos envolvem melhorar a qualidade de vida dos animais e a infraestrutura do recinto, com ampliação da altura e enriquecimento ambiental. Também, junto com o município, pretendem melhorar a infraestrutura do local, melhorando a estrada e colocando sinalização nas rodovias. “O próprio local valoriza isso, isso traz gente, isso traz cultura e ganho financeiro para a cidade”, reflete, se referindo aos visitantes de outras cidades e estados. “As pessoas devem entender que os animais não estão aqui para serem cortejados e aplaudidos, eles estão aqui por uma sequência da maldade da mão humana, e por isso temos a educação ambiental.” Um dos pilares do espaço é ensinar sobre meio ambiente e conservação. Para isso, o São Braz incentiva a visita guiada com turmas escolares, que precisam ser agendadas previamente. Quem deseja conhecer com família e amigos, ou apenas passar um tempo junto a natureza, o espaço está aberto para visitação todos os dias, das oito horas da manhã ao meio dia e das uma às seis da tarde. A entrada possui o valor simbólico de 30 reais para adultos e 25 para crianças de três a 12 anos. São Braz: 30 anos de cuidado, preservação e educação ambiental Considerado o empreendimento de fauna mais antigo em funcionamento no Rio Grande do Sul, o Zoológico São Braz, localizado na Estrada do Passo da Ferreira, no distrito de Boca do Monte, em Santa Maria, é muito mais do que um espaço para ver de perto animais antes tão distantes. É um local de resgate, cuidado, preservação e educação ambiental, onde a conexão com a natureza começa já na chegada. Pavões elegantes circulam livremente, recepcionando os visitantes e anunciando a diversidade que está por vir: aves coloridas, macacos agitados e a imponência do urso, entre sons, cores e histórias de superação. O projeto nasceu do amor pelos animais e do desejo de compartilhar esse sentimento. A trajetória começou em 1985, quando o fundador, Santos Braz, apaixonado por aves, obteve licença para atuar como criador conservacionista. Na época, o espaço funcionava na Rua Venâncio Aires. Com o crescimento do trabalho, foi preciso ampliar a estrutura. No endereço atual, o zoológico iniciou suas atividades com 14 recintos. Hoje, já são mais de 80, reflexo de anos de dedicação e expansão. Atualmente, o São Braz abriga mais de 600 animais, de aproximadamente 80 espécies diferentes, que vivem em recintos identificados com nome popular, nomenclatura científica, origem geográfica e grau de risco de extinção. Desde 1996, o espaço recebe animais vítimas de tráfico, maus-tratos, atropelamentos, cativeiros ilegais ou mesmo devolvidos por criadouros e correios internacionais. Muitos desses moradores chegaram em condições críticas e foram resgatados com apoio de órgãos ambientais. O objetivo principal é sempre devolver os animais à vida livre, quando possível. “A vida em cativeiro é uma vida em
Julgamento, denúncias e a regra do jogo
Começou nesta semana, na 1ª Turma do STF, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. É um caso histórico, com enorme impacto institucional. No mesmo dia em que a Corte abriu os trabalhos, o Senado ouviu Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do TSE, em audiência da Comissão de Segurança Pública. Ele apresentou documentos e alegou irregularidades em peças que embasaram operações e levaram à prisão de centenas de cidadãos envolvidos nos atos do 8 de janeiro. O que se discute no Supremo esbarra no que foi denunciado no Senado. No julgamento, o procurador-geral Paulo Gonet falou em “panorama espantoso e tenebroso” e pediu punição. É a visão da acusação. As defesas reagiram: apontaram contradições, contestaram provas e afirmaram que o ex-presidente foi “dragado” para um enredo sem vínculo com planos golpistas. Enquanto isso, no Senado, Tagliaferro levou registros e alegou que houve “inversão do rito” e manipulação de documentos no caso de empresários investigados, com reflexo em outros processos. São alegações graves e, por isso mesmo, devem ser apuradas. Em nota oficial, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes refutou as acusações, afirmando que os procedimentos foram regulares, oficiais e documentados, com ciência da PGR; narrou que relatórios foram solicitados e juntados em datas registradas nos autos. Mas por que tudo isso importa? Porque o que está em jogo não é um nome, é a forma como iremos lidar com as discordâncias políticas no Brasil. O que é considerado democrático e o que não é. Se o sistema admite decisões inéditas que expandem competências, comprime prazos de defesa e aceita prova sem esclarecimento público, cria-se precedente. O precedente de hoje atinge o adversário. O de amanhãpode alcançar quem você apoia. Faço, então, algumas perguntas que o cidadão comum faria: — Por que julgar na 1ª Turma e não no Plenário? Onde isso está claramente previsto? — Por que o calendário apressado? — O cronograma evita impacto indevido em 2026? — As defesas tiveram acesso integral (autos, mídias, relatórios) no tempo certo? — O que ficou sob sigilo e por quê? — Existem medidas atípicas que abrem precedente fora do padrão do STF? — Como se protege a segurança jurídica para que o precedente de hoje não vire arma amanhã? Ou damos transparência total ao que está acontecendo, ou aceitaremos que o processo vire política por outros meios. O julgamento do STF e as denúncias trazidas por Tagliaferro não são capítulos soltos: são a mesma disputa pelas regras do jogo. Por isso, defendo a instalação imediata de uma CPMI da “Vaza Toga” para abrir os arquivos, ouvir todos os lados, cruzar mensagens, documentose mostrar ao país se e onde houve erro de rito, excesso de poder ou manipulação. O Senado não é plateia, é freio e contrapeso. Se o inquérito é para valer, que seja limpo.Se as provas são sólidas, que resistam ao escrutínio público.Pacificação não nasce de imposição: nasce do devido processo, do equilíbrio entre os Poderes e do respeito ao voto. E é por isso que em 2026, o povo decidirá, não a caneta. Luis Carlos Heinze
A Falsa Pacificação
Dizem que querem pacificar o país com a anistia. A palavra soa bem, não é? Pacificar. Evoca imagens de aperto de mãos, de página virada. Soa a alívio, a um suspiro coletivo depois de uma briga feia. É uma palavra confortável e que se oferece como um remédio para as feridas abertas de uma nação. Mas é preciso ouvir o que se esconde por trás do tom suave. É preciso observar as mãos que erguem a bandeira branca da pacificação. São as mesmas mãos que, há tão pouco tempo, digitavam furiosamente nas teclas de celulares e computadores, espalhando o veneno que adoecou o país. As mesmas mãos que compartilharam vídeos mentirosos, áudios maliciosos, notícias inventadas com o único propósito de semear o ódio. O ódio ao diferente, ao que pensa diferente, ao que vota diferente. Esses arautos da pacificação hoje falam em “virar a página” com a solene gravidade de quem propõe um grande acordo nacional. No entanto, a página que querem virar é a mesma que registra seus próprios crimes. Não é perdão o que oferecem, é autoanistia. Não é paz o que propõem, é uma amnésia forçada. Pacificar, no dicionário deles, significa varrer para baixo do tapete da história a poeira de vidro quebrado dos palácios, o cheiro ódio que impregnou pelos carpetes, a fúria insana que tentou estrangular a democracia em praça pública. Querem que esqueçamos o grito para que possamos acreditar no sussurro da conciliação. É uma paz curiosa, essa. É a paz que silencia a justiça para calar a culpa. É a paz que pede à vítima que abrace o algoz em nome de um futuro que, para um dos lados, significa impunidade. É a falsa pacificação que sempre beneficiou os poderosos ao longo da nossa história: a que se faz sem verdade, sem reparação, sem justiça. A verdadeira paz não nasce do esquecimento, mas da memória. Não cresce na impunidade, mas na responsabilidade. Um país não pode ser reconciliado sobre o alicerce podre da injustiça. A cicatriz só sara depois que o ferimento é limpo. Do contrário, ele apodrece por dentro, infecciona e volta a sangrar quando menos se espera, mais feio e mais violento. O fim desse ciclo terrível da nossa história política não virá de um decreto que apague os crimes. Virá de um processo justo, transparente e rigoroso. Virá do julgamento de cada um que planejou, financiou, executou e incitou a barbárie. Só quando a lei for aplicada com clareza e firmeza, poderemos respirar fundo de verdade. A paz que vale a pena tem o nome de Justiça. Qualquer outra coisa é apenas o silêncio covarde que precede a próxima agressão.
Mais de R$ 800 mil serão investidos em obras na Rua dos Golfinhos, em Santa Maria
A Rua dos Golfinhos, no Bairro Nova Santa Marta, receberá obras de drenagem pluvial, pavimentação e sinalização ao longo de mais de 130 metros. A ordem de serviço foi assinada na tarde desta quarta-feira (3), dando início ao prazo de 90 dias para a conclusão dos trabalhos. O investimento total é de R$ 827 mil, sendo R$ 287 mil oriundos de emenda do deputado federal Carlos Gomes, intermediada pelo vereador Alexandre Vargas, e R$ 539 mil provenientes do financiamento FINISA II. A execução será feita pela empresa FZ Construções, vencedora da licitação. Durante a cerimônia, o prefeito Rodrigo Decimo destacou a importância da obra para a melhoria da infraestrutura do município. Já a professora Maria Helena da Rosa Rodrigues, liderança comunitária, comemorou o início das intervenções. Segundo o secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Wagner da Rosa, haverá bloqueios no trecho durante a execução, mas a obra trará mais segurança e qualidade de vida aos moradores. O engenheiro responsável pela empresa, Fábio Zucolotto, reforçou que a comunidade será informada sobre cada etapa do serviço. Foto: Prefeitura de Santa Maria
Retornos da Faixa Velha de Camobi serão reabertos com redutores de velocidade a partir de 15 de setembro
Os três retornos da Faixa Velha de Camobi (ERS-509), fechados pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) na semana passada, serão reabertos no próximo dia 15 de setembro. A decisão foi definida em reunião entre o Daer e o Ministério Público na quarta-feira (3). Para garantir a segurança viária, a reabertura será acompanhada da instalação de três lombadas físicas, além de sinalização ostensiva. A prefeitura ficará responsável por reforçar a divulgação da medida, enquanto agentes de trânsito da Secretaria de Segurança e Ordem Pública darão apoio ao Batalhão Rodoviário nos horários de maior movimento. O Daer também se comprometeu a destinar R$5 milhões até o fim de 2025 para desapropriações necessárias à construção de alças de retorno, previstas para serem concluídas no primeiro semestre de 2026. Quando as estruturas estiverem prontas, os redutores serão retirados. O fechamento dos acessos havia gerado forte reação de motoristas, que enfrentaram filas no retorno do loteamento Ouro Verde. Com a nova decisão, a expectativa é de que o fluxo de veículos volte ao normal. Foto: Prefeitura de Santa Maria
A Cidade Educadora de Décimo e Lúcia acontece só no discurso.
A Carta das Cidades Educadoras, que a gestão Décimo e Lúcia tenta usar como vitrine, apresenta princípios belíssimos: fala em educação ao longo da vida, inclusão, diversidade, participação social, acesso à cultura, sustentabilidade e promoção da cidadania democrática. Mas, quando olhamos para a realidade da educação municipal em Santa Maria, o contraste é gritante. Uma cidade só pode se proclamar educadora se valorizar, em primeiro lugar, quem educa. E hoje temos: 85 professores de hora-atividade faltando; 126 estagiários e 132 monitores em déficit; 20 educadores especiais ausentes; escolas com infraestrutura precária, sem merenda suficiente, sem visitas da própria SMED em mais de 70% das unidades; e, para coroar, uma reforma da previdência que ataca diretamente os direitos do magistério municipal. Onde está o compromisso com a inclusão e com a justiça social que a Carta coloca como fundamentos? Onde está a tal corresponsabilidade contra as desigualdades se o governo sequer garante condições básicas de trabalho aos professores e professoras? A Carta afirma que a educação deve transcender os muros da escola e impregnar toda a cidade, mas aqui a realidade é outra: a Prefeitura terceiriza responsabilidades, corta direitos e desmonta a escola pública. Décimo e Lúcia tentam vestir o rótulo de “Cidade Educadora”, mas o que entregam é um projeto de marketing, distante do chão da escola, da vida real dos trabalhadores e da luta dos estudantes. A cidade que eles oferecem é excludente, precarizada e marcada pelo descaso. Nós da oposição sabemos que não há cidade justa sem compromisso com quem educa. E reafirmamos: enquanto o governo seguir desmontando a educação pública, estaremos juntos com os professores e professoras, nas ruas, nas escolas, na Câmara — defendendo de verdade uma Santa Maria que eduque, inclua e valorize a vida. Porque a Carta pode ser internacional, mas os problemas são locais. E aqui, quem tenta convencer com esse faz de conta são Décimo e Lúcia. Enquanto houver professor na rua. Décimo, a culpa é tua! Vereadora Helen Cabral (PT) – Líder da Oposição
Bom Princípio se prepara para 21ª Festa Nacional do Moranguinho em setembro
A 21ª edição da Festa Nacional do Moranguinho será realizada em Bom Princípio entre os dias 4 e 21 de setembro, com 13 dias de programação cultural, gastronômica e musical. Considerado o maior evento turístico e comunitário do município, o festival celebra a colheita do morango e a força da agricultura familiar. De acordo com o presidente da comissão organizadora, Gerhard Ledur, esta será a edição com a estrutura mais moderna já montada, incluindo um palco de padrão nacional, arena coberta para 15 mil pessoas e área externa com capacidade para 20 mil visitantes. O espaço também contará com Biergarten, lounge da Chopp Brahma, exposições comerciais, parque de diversões e mostra agro. Entre as atrações musicais estão Ana Castela, César Menotti e Fabiano, Gustavo Mioto e Turma do Pagode, além de artistas regionais e estaduais. Para as crianças, a novidade será o Espaço Bobbie Guinho, inspirado nos livros de pintura Bobbie Goods, adaptado ao mascote do evento. A festa também mantém a tradição das soberanas, responsáveis por divulgar o evento em nome da comunidade. A rainha Amanda Winter destaca que a 21ª edição será “tecnológica, organizada, colorida e vibrante, unindo tradição e inovação com amor, alegria e muito morango”. Imagem: Prefeitura de Bom Princípio
Líder em vendas no Sul
Veja como a Eder Faccin transforma a experiência do produtor no campo O agronegócio brasileiro tem se consolidado como motor da economia nacional, responsável por parcela significativa do PIB e pelas exportações que colocam o país entre os maiores produtores mundiais de alimentos. Nesse contexto, os produtores rurais têm investido cada vez mais em maquinário e tecnologias capazes de ampliar a produtividade, reduzir custos e otimizar o tempo no campo. Foi a partir dessa demanda por soluções modernas e personalizadas que surgiu, há três anos, a Eder Faccin Máquinas Agrícolas, empresa que já conquistou destaque no setor pela forma de aproximar negócios e oferecer atendimento híbrido, unindo plataformas digitais à presença próxima ao produtor. Fundada inicialmente em Bagé (RS), a empresa se transferiu para Santa Maria, onde encontrou um ponto estratégico para expandir sua atuação, graças à localização central e à forte demanda regional. Um dos diferenciais da companhia está justamente no modelo híbrido de atendimento: a prospecção ocorre no ambiente digital, enquanto as negociações são conduzidas presencialmente, fortalecendo a confiança e a credibilidade junto aos clientes. Entre os principais serviços oferecidos estão a compra e venda de máquinas agrícolas, intermediação de negócios, avaliações técnicas, suporte em soluções financeiras e até indicações de transporte. O objetivo é atender o produtor de maneira completa, proporcionando praticidade em todas as etapas. “Buscamos compreender a realidade de cada cliente, desde o tamanho da propriedade e o tipo de cultura até o nível de investimento desejado. Nosso foco é sempre aliar custo-benefício e eficiência”, explica o fundador, Éder Faccin. O serviço de avaliação de equipamentos é um dos pontos fortes da empresa, com duas modalidades disponíveis: a avaliação digital, mais simples e ágil, indicada para inventários e consultas rápidas; e a avaliação in loco, detalhada e conduzida por consultores experientes, que gera relatórios utilizados em negociações de maior valor, perícias judiciais e operações bancárias. Em 2024, a Eder Faccin Máquinas Agrícolas atingiu um marco expressivo: foi a maior revenda independente de seminovos em faturamento nos três estados da Região Sul. O resultado consolida sua relevância no mercado e confirma que o modelo de atendimento híbrido, aliado ao compromisso com qualidade e credibilidade, tem trazido retornos concretos. Com a evolução das tecnologias agrícolas, os produtores buscam soluções que reduzam desperdícios, economizem tempo e aumentem a produtividade. Para atender a essas demandas, a empresa investe continuamente na capacitação de sua equipe, garantindo domínio técnico e segurança nas recomendações. “Nosso compromisso é oferecer o que há de mais eficiente e inovador no mercado, sempre com transparência e proximidade com o cliente”, reforça Faccin. A localização em Santa Maria, considerada um entroncamento logístico do Rio Grande do Sul, reforça a estratégia da empresa. A cidade conecta importantes regiões produtoras e facilita o acesso a diferentes polos agrícolas, tornando o atendimento mais ágil e a intermediação de negócios ainda mais eficaz. Essa centralidade contribui para que a Eder Faccin Máquinas Agrícolas esteja próxima de clientes de perfis variados, desde pequenos produtores até grandes grupos empresariais. Outro aspecto que fortalece a atuação da empresa é a sintonia com tendências globais de sustentabilidade e uso intensivo de dados no campo. A modernização do maquinário e o acesso a tecnologias digitais permitem que os produtores tenham maior controle sobre o consumo de insumos, a preservação de recursos naturais e o planejamento estratégico das lavouras. Nesse cenário, a Eder Faccin Máquinas Agrícolas se posiciona como parceira de confiança, oferecendo soluções que não apenas aumentam a rentabilidade, mas também contribuem para uma agricultura mais eficiente e responsável. A credibilidade da companhia também está ancorada na trajetória do fundador, que atua há mais de 15 anos no setor e construiu uma sólida rede de parceiros e fornecedores renomados. Esse histórico, aliado ao foco em qualidade e inovação, tem permitido à empresa planejar novos passos. A expansão já está no horizonte: a partir de 2026, a Eder Faccin Máquinas Agrícolas projeta abrir escritórios no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná, ampliando não apenas a presença geográfica, mas também a oferta de soluções financeiras voltadas ao agronegócio. “Queremos ser referência em proximidade, inovação e resultados para o produtor rural, construindo relações duradouras baseadas na confiança”, projeta Éder Faccin. Texto por Reinaldo Guidolin
Justiça para Isadora Viana da Costa
Começa hoje um momento aguardado há sete longos anos: o julgamento do homem que tirou a vida da jovem santa-mariense de apenas 22 anos, Isadora Viana da Costa. São sete anos de espera, de luta e de dor. Isadora foi vítima de feminicídio em 2018, em Imbituba (SC), pelo então namorado. Uma jovem modelo que teve sua vida brutalmente interrompida por um crime que representa a triste realidade de tantas mulheres brasileiras. Desde então, sua família nunca desistiu. Nunca aceitou que a memória de Isadora fosse apenas mais um número nas estatísticas de violência contra a mulher. Eles transformaram a dor em força, a revolta em luta, o silêncio em grito por justiça. E Santa Maria, cidade que viu Isadora crescer, está ao lado deles neste momento tão importante. Nossa cidade conhece a luta dessa família e compartilha da esperança de que, finalmente, a justiça seja feita. O caso de Isadora precisa ser um exemplo. Não podemos mais aceitar que mulheres sejam mortas por simplesmente existirem, por tomarem suas próprias decisões, por tentarem se libertar de relacionamentos que as machucam. Não podemos aceitar que famílias inteiras tenham que esperar anos para ver um criminoso ser julgado. O feminicídio não é um crime comum. É um crime que representa o ódio contra as mulheres, a necessidade doentia de homens por controle e domínio. E quando a justiça demora, quando os processos se arrastam, quando recursos são usados para protelar julgamentos, estamos dizendo para a sociedade que a vida das mulheres vale menos. Por isso, o julgamento que começa hoje é fundamental. Não só para a família de Isadora, mas para todas as mulheres que sofrem violência todos os dias. Que este caso sirva de exemplo para outros agressores: feminicídio tem consequências. A justiça pode demorar, mas ela chega. Esperamos que o sistema judiciário cumpra seu papel com a seriedade que o caso merece. Que os sete anos de espera da família de Isadora não tenham sido em vão. Que a memória desta jovem santa-mariense seja honrada com uma condenação justa e exemplar. À família de Isadora, nossa solidariedade e apoio. Vocês nunca estiveram sozinhos nesta luta, e não estarão agora. Estamos com vocês. O nome de Isadora Viana da Costa jamais será esquecido. Que a justiça seja feita. Por Isadora. Por todas nós.